Blog do Gomes

Blog do Gomes

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Jesus e o Centurião


O texto em Mateus [8:5] nos mostra uma característica muito interessante para aqueles que alguma coisa de Deus quer obter.
Diz o texto que: “Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.”
Este relato é complementado pelo texto de Lucas [7:1]. Lucas diz que não foi bem o centurião quem foi até Jesus: “enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo”.
Até aqui dá para fazermos várias colocações. Um centurião segundo a enciclopédia Wikipédia, é um chefe de soldados, geralmente de um conjunto de cem. Os centuriões eram soldados romanos que se encontravam naquela época em Israel. Os textos de Mateus e Lucas não são divergentes. Eles se completam. Tanto é que Mateus diz: “apresentou-se-lhe”. Nesta conjugação verbal fica claro que alguém apresentou o centurião, falando dele para Jesus.
O centurião escolheu anciãos de Israel para falar com Jesus. O que na minha concepção mostra sua consciência com relação as suas falhas humanas e a sua percepção de que a benção era para os judeus, já que Jesus vinha fazendo grandes prodígios no meio deles.
Mesmo sendo chefe de soldados, não se sentiu digno de ir pessoalmente conversar com aquele homem que fazia maravilhas. Quantas pessoas atualmente não se acham donas da verdade e fazem questão de se impor só por sustentarem um título ou serem uma autoridade humana?
Outra característica a se observar no centurião é a de que ele estava preocupado com seu servo. Segundo o relato de Mateus, a mensagem do centurião foi a de quem implora. Implorar pode ser definido conforme dicionário da língua Portuguesa como pedir encarecidamente com humildade.
Creio que neste momento houve uma identificação muito grande entre aquela situação do centurião com seu servo da situação de Deus com seu povo. O verdadeiro senhor se preocupa com seus servos.
Um pouco mais a frente no livro de Mateus, em [18:4] observamos: “Portanto aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”. Trata-se de um outro episódio, mas justifica o que pode ter chamado a atenção Jesus. A forma como se humilhou aquele centurião.
Porém a surpresa maior ainda estaria por vir: ao chegar próximo a casa do centurião, este enviou a seguinte mensagem a Jesus: “Senhor não sou digno que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este vai, e ele vai; e a outro: vem, e lê vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz”.
O texto sagrado confirma que Jesus ficou admirado com aquela expressão de fé.
Além de expressar mais uma vez não se achar digno da presença do Senhor, ainda cria de maneira sobrenatural que Jesus poderia de longe ordenar com palavras a cura do seu servo: “Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta”.
Que fato interessante. Ele não se achava digno de ter Jesus em sua casa. Ele era romano, um chefe de soldados e, Jesus diz que não encontrou fé como a do centurião no meio do seu povo.
Para finalizar o evento, após uma exortação ao povo de Israel, Jesus diz ou manda dizer ao centurião: “Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E naquela mesma hora, o servo foi curado”.
As atitudes frente à face de Jesus nos chamam atenção: primeiro a humilhação espiritual, depois creu de maneira sobrenatural. Certamente estes são alguns requisitos para a transformação da vida daqueles que precisam de um socorro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário